quarta-feira, 21 de setembro de 2022

E agora terroristas da OTAN e da UE?

 Quarta feira, 22 de Setembro de 2022, a Federação Russa, dá início á 3 fase da Operação Militar Especial, com a mobilização parcial, mobilizando na primeira fase 150.000 mil homens (e mulheres claro), colocando a fasquia na mobilização de 300.000 novos soldados de todas as hierarquias, e em todos os ramos militares.

A O.M.E. já leva com 7 meses de conflito, e segundo analistas ocidentais e a própria Intel americana, a Federação Russa, já colocou no terreno e em combat experience, perto de um milhão de soldados russos, ainda que tenha alocado somente 150.000, por imperativo legal da Duma Russa, as rotações de pessoal tem sido feitas, e quando se rotaciona soldados, não se faz a simples troca da frente de combate, para as linhas de retaguarda do conflito, retiram se do teatro de operações, e rotaciona com unidades equivalentes, estacionadas em território Russo, tal como o OTANiquistão fez com os Ucranianos, retirou as forças para território "neutro", e preparou a tão afamada contraofensiva inofensiva.

Pelo que, a mobilização parcial, pode ser, e aqui é a minha opinião estricta, para colmatar as unidades que irão ser destacadas no teatro de operações, unidades essas, que estão colocadas dentro de fronteiras russas, e que desempenham um papel, independentemente de qual seja, mas, ao retirar se essas unidades, as mesmas têm de ser substituídas, e a mobilização será porventura, nesse âmbito.

Ainda que em termos militares, a mobilização incrementará a maquina de guerra russa, em meios humanos, técnicos e de maquinaria, para a frente de combate, existe outra frente, que novamente os russos, suplantaram o ocidente, a vertente económica.

Uma mobilização, mesmo parcial, tem impacto directo na economia interna, e traduz se num impacto negativo, se não for cuidada essa nova realidade, a retirada de 300.000 cidadãos da vida civil e imputando-os na vida militar, significa uma quebra dos tecidos produtivos, na realidade são 300.000 postos de trabalho que se quedam vazios, significa também um aumento da despesa no orçamento militar, e após 7 meses consecutivos de conquistas económicas, será que a Rússia descurou a economia? 

Não, 300.000 homens, em um universo de 145 milhões de cidadãos, com uma franja jovem na sociedade, irão ser substituídos, a curto e médio prazo, pelo que, iremos ver a descida da taxa de desemprego na Rússia nos próximos meses, tal como em Outubro de 2021 a taxa estava nos 4,4% e em Julho de 2022, se situa nos 3.9%, o conflito trouxe a abertura de postos de trabalho na Rússia. No plano económico-financeiro, os 3 primeiros trimestres do ano, resultaram em excedentes orçamentais, como a economia russa assenta em bens transaccionavéis, e os mesmos já foram deslocados de oeste para os mercados do Oriente e da Ásia, espera se (está á vista...) que a economia russa, cresça 3% este ano.

A taxa de inflação na Rússia atingiu os 18% em Março de 2022, e em Julho situava se nos 14%, ainda que, a inflação tenha subido (uma tendência desde 2021), desde Abril vem a descer, e se existir a consolidação destes novos 300.000 postos de trabalho, a descida será lenta, mas consolidada.

É infantil, para não dizer, estúpido, pensar que a Federação Russa, elaborou os planos em Janeiro de 2022, não o fez, nem militares, nem económicos, do mesmo modo que é infantil, para não dizer estúpido, que tudo tem corrido como planeado, não tem, primeiro porque o plano desenhado é de objectivos e não do caminho a percorrer, e é substancialmente mais fácil, lidar com obstáculos, tendo em vista o objectivo, do que mudar o objetivo em função dos obstáculos.

Este é o ponto de convergência dos conflitos entre a Federação Russa e a UE e a OTAN, as 3 frentes de conflito afluem agora, em uníssono, no campo geopolítico a consolidação da SCO (Shangai Commerce Organization), como a nova ordem de comercio mundial, com uma geopolítica coesa, e novos membros, a SCO além do comércio e da geopolítica, constitui-se também em um bloco militar, pondo fim deste modo, há hegemonia dos EUA no plano geopolítico e geoeconómico;

No campo financeiro e da alta finança, o crescimento do Rublo, aliado aos novos acordos (SCO, BRICS+; OPEP+), com a constituição de currency baskets para o comercio internacional, dita o fim da também hegemonia do dólar, particularmente penoso será para a Europa, que além de falir, o euro será o novo Rublo do mundo, mas contrariamente ao sucedido na Federação Russa, a UE não possui bases para uma reviravolta da sua moeda, pelo menos no curto e médio prazo, e no longo prazo, duvido que existe UE;

No campo político, é o desmembramento da democracia ocidental, a International Order Based Rules ditada pelos EUA, apoiadas em nenhuma lei, serão substituídas pela Lei proveniente da carta das Nações Unidas, ou melhor, pela Lei das Nações Unidas, adoptadas pela SCO, pelo BRICS+, visto que até as Nações Unidas irão afundar.

Até aqui, 200.000 homens, foram suficientes para causar este estrago irrecuperável ao Ocidente, com 500.000, a Federação Russa sela definitivamente o destino da UE e da OTAN.

Valter Marques



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