quarta-feira, 31 de agosto de 2022

Ucrânia ou Novorossiya?

 N0 dia 24 de Fevereiro de 2022, finalmente, o conflito armado escalou entre a Ucrânia e a aliada NATO vs as forças aliadas da Federação Russa, das milícias dos estados separatistas de Lugansk e Donetsk, as forças especiais da República da Chechénia, bem como a companhia de mercenários privados militarizados Wagner, mas avaliar e julgar a ofensiva perpetuada pelos aliados contra a Ucrânia, começando somente em 2022, é próprio de quem estes últimos anos, viveu entre a ignorância e a demência, ou como alguém referiu há bem pouco tempo, entre a manjedoura e a latrina.

No plano militar, os aliados começaram, e continuam a moer o exercito ucraniano, os aliados hoje, controlam 22% do território da ex. Ucrânia,  e segundo o Ministério da Defesa Ucraniana, até maio, as baixas nas fileiras ucranianas, contabilizavam 190.000 efectivos, em uma força agregada combinada de cerca de 600.000 efectivos, contas redondas, 18 meses e  nem os cozinheiros militares existem no extinto reino liliputiano da Ucrânia.

Nem a tão apregoada ofensiva ucraniana, será merecedora de qualquer nota de realce, além da nota da derrota humilhante e de pesadas baixas num curto espaço de tempo, será que as fardas militares portuguesas, oferecidas pelo indiano sabujo que ocupa o lugar de primeiro ministro em Portugal, vão ser perfuradas pelos tiros dos produtos desenhados por Mikhail Kalashnikov, agora modernizados? fica a questão...

Mas tirando o panorama militar do espectro, concentremo-nos nos espectros económicos, humanitários e políticos.

No espectro humanitário, a Ucrânia soma e segue derrotas, desde 2014, mas não o fez sozinha, aqui, como em tudo..., os americanos foram (e assim continuam) preponderantes, e até determinantes, Victória Nuland e os seus capangas da Central Intelligence Agency, investiram milhões de dólares, nos golpes da revolução colorida, episódios como em Maidan, Odessa, a própria desrussificação, os bio laboratórios, a campanha humanitária perpetuada por 8 longos anos contra as regiões separatistas, através da entrega de granadas de artilharia, tiros de metralhadora, mísseis, infanticídio, genocídio.

A mortalidade sempre esteve associada a regimes totalitaristas, o nazismo alemão na europa, o comunismo de Mao na China, o socialismo autogestionário na Jugoslávia, com Tito, e até com o comunismo de Estaline na URSS, e agora com o novo nazismo de Zelenski, o que marca definitivamente estes (poucos) exemplos de totalitarismo, é a sua completa inexistência de humanitarismo.

A Ucrânia, como estado totalitário, não é diferente de nenhum outro que assim foi, e o único humanismo que conhece, é o da morte indiscriminada, quer seja por ataques militares a zonas civis, quer no abate dos seus próprios soldados, que por razão que se lhes confere, não queiram participar no evento, são os mesmos abatidos em plena frente de guerra pelos seus superiores, o humanitarismo em altas na Ucrânia...

No plano político, a Ucrânia é o fantoche do império anglo-americano, considerar a Ucrânia um estado independente e soberano, é o mesmo que considerar os Açores ou a Madeira como países e não regiões autónomas.

O golpe bem sucedido do império anglo-americano na década de 90, na ex URSS, com a eleição do defunto (finalmente conhece o seu criador, o diabo) Gorbachev, sim foi eleito através de um golpe do império, até foi capa de revista esse facto, o defunto foi o percursor necessário ao desmantelamento da URSS, e na Ucrânia, o império esperava, com Poroshenko primeiro, e depois com o comediante actualmente no teatro cómico-trágico ucraniano, estabelecer o inicio da destruição da Rússia.

A destruição da Rússia, só é possível com a destruição de Putin, ainda que Putin não seja a Rússia, a Rússia é Putin, o mesmo que está ao leme da Federação Russa por três décadas já, e que há três décadas atrás, se afirmou presidente de todos os russos, e isto incluía os que o desmembramento da URSS, tinha deixada para trás, como párias, abandonados pela pátria, mas que com a sua subida ao poder, isso não mais podia ser possível.

No plano politico, a Ucrânia era, e continua a ser uma aberração, um estado corrupto, considerado por todo o Ocidente, como o estado ocidental mais corrupto, pelo menos até ao dia 24 de fevereiro de 2022, a ONU até há mesma data, detinha a maior lista de crimes contra a humanidade, curiosamente na Ucrânia, podia ser no Laos, ou em Caxemira, mas não, o maior criminoso contra a humanidade reside na Europa de Leste, e não é a Federação Russa.

Ainda no plano politico, o regime ditatorial Stepan Bandera da Ucrânia, proibiu 11 partidos políticos com assento parlamentar, incluindo a versão do PS, significando que o indiano sabujo português, está proibido na Ucrânia, instaurou a Lei Marcial, ainda que nenhuma declaração de guerra tinha sido efectuada, como nota, a instauração da Lei Marcial na Ucrânia é em tudo similar aos estados de Emergência decretados pelo Marcelo Rebelo de Sousa em Portugal, são próprios de estados totalitários, ambos são criminosos, fim de nota.

No plano económico, o mais curto e mais fácil de descrever, a Ucrânia faliu, é tao simples quanto isto, "kaput", sem dinheiro, sem industria, sem homens, bem fica com as mulheres, mas o trafico sexual é crime, bem como deveria ser o negócio das barrigas de aluguer, mas o tal humanitarismo lactente na Ucrânia, permite estas veleidades.

A porção de terras a que se vai ver privada, e que pode ser desde Odessa a Kiev, em linha recta, significa mais de metade do território, fica o que restar como Ucrânia isolada do acesso marítimo, perde a totalidade da industria, das terras férteis, dos minerais e dos materiais ferrosos, sobrando estepe, e nada mais.

Do que se vê privada a Ucrânia nazi, nasce a Novorossiya, a Nova Rússia, que sendo anexada há Federação Russa, é uma extensão territorial russa, com a benesse das riquezas que por lá existem, economicamente é viável, no espectro político e geopolítico, constitui se na vitória russa sobre o império anglo-americano.

Valter Marques






segunda-feira, 22 de agosto de 2022

A emancipação dos idiotas ( Die Judenfrage Bruno Bauer)

 Ensaio de Karl Marx em 1843, sobre os estudos de Bruno Bauer, um jovem hegeliano.

Bauer, defendia que, os Judeus, para se emanciparem politica e socialmente, teriam de abdicar da sua raiz religiosa, com a renúncia da sua consciência religiosa privada. Bauer entendia que, a vida política principalmente, não se enquadrava com as demandas religiosas, e a emancipação política, bem como a social, requeriam um estado secular. De acordo com Bauer, tal estado não é compatível com demandas sociais como a religião, considerando o mesmo, as demandas da religião uma afronta e contrárias aos Direitos Humanos (Direitos do Homem na altura...)

Karl Marx, aproveitando os estudos de Bauer, contraria a linha de pensamento de Bauer, e compara o Judaísmo ao Cristianismo, concedendo ao Judaísmo as mesmas concessões que o Cristianismo goza, Markx vai mais longe e retira de cena a questão teológica, referindo que a emancipação política e social, só se conseguirá com a emancipação da humanidade, Markx concluí que o indivíduo pode ser espiritual e politicamente livre em um estado secular. Markx aponta outros factores determinantes, como causa da não emancipação do indivíduo, entre elas a economia e a riqueza.

No século XIX, isto até parecia fazer sentido, já no séc. XXI, nenhum dos dois (Bauer e Markx) ousariam escrevinhar sobre teologia e ordem social nesta forma, primeiro seria politicamente incorrecto, segundo geraria provavelmente um movimento pelas redes sociais e pelos meios de comunicação de alta consternação e repúdio, depois era a vitória dos idiotas e a sua emancipação no mundo.

O que extraímos destes dois pensadores livres, é a sua capacidade de pensar, se estão certos?, ambos têm os seus pontos, no final do século XX e início de séc. XXI, ambas as suas obras, seriam considerados "artigos de opinião", levaria a sociedade a um breve debate sobre ambos artigos (3, um de Markx e dois de Bauer), e provavelmente o assunto, ou os assuntos depressa cairiam no esquecimento.

Mas, estamos na primeira metade ainda do séc. XXI, e já tal facto se tornaria, uma heresia, um ultraje aos bons costumes (quais?) e um atentado contra a humanidade (onde?). Markx e Bauer foram acusados de anti-semitismo, que descansem os idiotas de hoje, que até naquela altura já existiam.

Hoje, assiste se há emancipação dos idiotas, e para nossa desgraça, ninguém disserta sobre o assunto, compreensivelmente, enfrentar um idiota é enfrentar quase o mundo.

Se na obra de Bauer, substituirmos a religião por inutilidade, trazemos a obra ao presente, só que invertendo o seu objectivo, no estado moderno, a inutilidade do indivíduo é a sua própria emancipação política e social, quanto mais a sua demanda for no sentido da inutilidade, na religião, na ciência e no próprio estado, mais inúteis se tornaram as sociedades, mais idiotas se serviram da inutilidade da sociedade, o Ocidente moderno, permite, com a emancipação de inúteis falantes, ser governado por idiotas de palavras ocas.

Markx, por seu turno, defenderia que inúteis e idiotas, são espectros privados, e que a verdadeira emancipação da humanidade é compatível com inúteis e idiotas, desde que o fizessem dentro de casa.

Nos dias de hoje, Markx e Bauer escreveriam romances e policiais, dado que os seus intelectos, necessitam de problemas e não de inutilidades.

A sociedade de hoje, inutilizou-se, tornou se idiota e acrítica, podemos afirmar que a emancipação que a sociedade de hoje sofre, não é sua, não pertence ao indivíduo, pertence ao colectivo, e a emancipação do colectivo, deriva do indivíduo, mas o indivíduo hoje tornou se inútil, idiota, pelo que não pode o mesmo se emancipar, por conseguinte, o indivíduo de hoje, vive na sombra do seu par, e o seu par em um outro, e deste modo nenhum indivíduo se emancipa verdadeiramente, fá-lo através de outrem, dada a sua inutilidade e incapacidade de agir individualmente, alinha se com o seu par, numa sucessiva corrente ideológica.

Um dos problemas desta sociedade, é o abandono da crítica, do juízo e do conhecimento, que se traduz na inutilidade do individuo, e um individuo inútil, é um idiota perfeito.

Valter Marques






sexta-feira, 12 de agosto de 2022

Educar ou formar academicamente? Parte 2

A formação académica constitui se na mestria da transmissão do conhecimento, no fomento da vontade de aprendizagem, é também por excelência o campo neutro da discórdia, ou devia de ser…
É neste campo, que se aprende o alfabeto, os números, a gramática e as matemáticas, as ciências e a história, que se deveria dar á compreensão dos ignorantes e singelos seres, que pela primeira vez, de forma séria e estruturada, convivem com as adições e subtrações dos números, com a construção ordenada de palavras e frases.
É a altura em que bate de frente com o teorema de Pitágoras e o seu problema dos catetos e a hipotenusa, com a “regra de 3 simples”, com a geometria, com a geografia, com as artes e os trabalhos manuais.
Fase essencial das ciências filosóficas, ou era, é o contacto com os mortos pensantes, lunáticos ou profundamente marcantes da compreensão do pensamento humano, é altura de entrar em cena, Platão, Sócrates e Aristóteles, Etienne d´La Boetie, Nietzschse, Thoreau, Montesquieu, entre muitos outros, é o tempo de estudar, apreciar e compreender as grandes obras literárias, e os seus autores, como Lev Tolstói, Miguel de Cervantes, Júlio Verne, Victor Hugo, Charles Dickens…

A formação curricular, aberta e universal é ainda jovem no quotidiano da sociedade de hoje, durante séculos, que a arte de ministrar o conhecimento era restricto, não era universal, estava vedada á plebe, aos escravos, aos serviçais do clero e da nobreza, era um direito divino da aristocracia dominante, do clero, da baixa nobreza (comerciantes e negociantes), da alta nobreza (Rei e restante estado).
A abertura da formação académica, permitiu a evolução do povo, dos serviçais, permitiu a libertação dos escravos das amarras da tirania, permite hoje, 90% da população mundial, escrever um simples lembrete em um “post it” ou a um simples estudante de medicina proveniente de uma classe pobre em Portugal, elaborar uma tese para o seu mestrado.
Pouco desta filosofia, se encontra hoje no ensino, que foi vergada pela ideologia, pela doutrina e pela insana competição dos rankings escolares.
Não é falsa a afirmação que, o sistema de ensino de hoje, se rege não pelo conhecimento adquirido pelos seus alunos, mas sim pelo desempenho dos estabelecimentos, não importa quantos ignorantes se formam, desde que o façam com boas notas, doutrinados e amestrados pela ideologia eugénica do momento, desde que sejam incapazes de raciocinar e de obter pensamento crítico, é garante de nota honrosa.
Não se estudam ciências, doutrina se uma ideologia, e quanto mais estupido se for, maior a probabilidade de obter ganhos com isso, demoniza se Haynes, Hayek, Marx, no plano económico, mas nunca os leram, não podem de forma alguma sequer, entendê-los, quanto mais falar sobre eles.
Considero o sistema de ensino em Portugal, hoje, pior que terceiro mundista, doutrinador, ideológico, mesquinho e inútil.
É um sistema que premeia a burrice, a indulgência, a preguiça, o bom aluno é metido no mesmo saco de um mau aluno, ler fluentemente na 3.ª classe, vale tanto como ler silaba a silaba, saber a tabuada de raciocínio é igual a contar pelos dedos, e isto é errado.
Para um aluno de hoje, saber ou não saber, é lhe completamente indiferente, não reprova, a bem dos rankings e dos rácios de aproveitamento escolar, bem, também o que podemos esperar com mentecaptos, inúteis e autênticos ignorantes aos comandos do ensino?
Naturalmente, toda esta farsa do ensino, serve um propósito, o retrocesso geracional e civilizacional, iremos em breve nivelarmo-nos ao tempo da idade média, muito antes do tempo das luzes ou do iluminismo, onde o ensino de qualidade só estará ao acesso da burguesia tecnocrata.
A figura do professor hoje, é tratada como mercadoria, capaz ou incapaz, sujeito áquilo que, os seus alunos estão isentos, de provas, de notas, de classificações, sujeitos aos ditames dos seus superiores e às doutrinas, consoante o borrego que representa o poder, e o que o poder requer.
A figura do professor quer se austera, séria, de poder absoluto, no controlo das matérias, capaz de analisar o individual e o colectivo que, diante de si se apresenta, para ser ministrada a passagem do conhecimento, aos alunos, exige se respeito, trabalho, esforço e dedicação, que honrem a figura que lhes transmite e preenche as lacunas do conhecimento.
Mas no mundo imbecil de hoje, os nossos filhos são precocemente um poço de sapiência, e os professores uns idiotas que não os compreendem, na realidade existem bons e maus professores, nem poderia ser de outra forma, mas não existem alunos sapientes, isso é uma falacia
Conhecimento não é sabedoria, mas ninguém é sábio sem o conhecimento.
As falhas que teimosamente infligimos no ensino, que as propagamos criminosamente hoje, e ontem, irão garantidamente reflectir-se ainda no nosso futuro, no nosso meio de vida, na nossa sociedade, o conhecimento doutrinado conduz á ditadura, não só política, mas como social, na saúde, na economia, no desenvolvimento.
Portugal, um pouco como todo o mundo ocidental, possui o maior “stock” de licenciados, na faixa etária dos 18 aos 35 anos, no entanto esse armazenamento, para nada serve.
Não serve, nem política, nem economicamente, formaram-se asnos, e os resultados estão á vista de todos.
Não se pode culpar os professores por estes falhanços, a eles só se pode apontar, o conluio perpetuado com o sistema curricular, ao abrirem mão dos programas curriculares, ao permitirem um laxismo conveniente das matérias, ao se permitirem ser avaliados, mas não poderem avaliar os alunos.
Quando um professor abdica do dever de avaliação de um aluno, ou de uma turma, abdica simultaneamente também do seu propósito, o de ensinar, e ao fazê-lo zelosamente, deixa de ser um professor, constitui-se em um propagandista de uma ideologia, de uma crença, um mero formador de inúteis.
Da mesma forma que, permite a introdução de doutrinas, a “nouvelle école”, substituindo a moral humanística, pela imoral segregação racial, teológica e sexual, inflige-se temas pseudoecológicos, como alterações climáticas, quando o planeta demonstra essa naturalidade nata.
Centenas de alunos são lançados anualmente, um patamar acima no círculo académico, completamente estupidificados, ignorantizados, serão os médicos de amanhã, os juízes, os políticos e naturalmente os professores.
A ordem da natureza é cíclica, evolutiva e imparável, demorada e sapiente, mas não prostituível, a desígnios de qualquer humano, se assim o fosse, já não existiria.
Se repararmos, ou se o assim quisermos fazer, nenhuma mente brilhante desflorou nestas duas décadas do sec. XXI, as últimas que o mundo viu nascer, datam do sec. XIX e primórdios do sec. XX.

O impacto na humanidade de uma educação e um percurso académico decente e sério, reflecte-se forçosamente no quotidiano civil, militar, político e humanístico da vida societária.
Pelo que, como se irá aperceber, ao longo das próximos anos , as repercussões da ignorantização, são vastas, propositadas e têm um fim, como todos os actos acarretam consequências, as consequências destes actos estão longe do simples e mero potencial cognitivo das massas, as massas não possuem discernimento, crítica nem razão, para deslumbrar a “lavagem cerebral” a que esteve e está sujeita, durante este século.

Educate the childrens, and it won`t be necessary to punish the men.”
Pythagoras

Valter Marques

quarta-feira, 10 de agosto de 2022

Educar ou formar academicamente? Parte 1

O que define educação, e o que define formação académica, é uma pergunta pertinente, actual e ainda sem compreensão pela massa que compõe a sociedade, de todos os extractos sociais.

Será a educação a arte de ensinar letras e números, será a educação, a aprendizagem ministrada nos circuitos escolares aos alunos, se é a educação, essa arte de ensinar letras, números e ciências, o que é então a formação académica ou curricular?

Quando alguém refere que determinada pessoa é educada, não se refere ao seu currículo académico, mas sim a sua civilidade ou polidez, á sua amabilidade, á sua postura social correcta e apropriada, no fundo refere-se até normalmente, às raízes familiares, a educação base, a que é ministrada pelo seio e ambiente familiar.

Ser educado é ser cordial, coerente, é alguém que olha em todas as direcções, ser educado é chegar a horas, é tratar por igual os seus semelhantes, e para isso não necessita forçosamente, de ser “letrado”, ou possuir formação académica ou curricular.

Necessita, porém, de obter essa educação, na sua base, no âmago da existência, e isso, essa aprendizagem, está condenada ao fracasso nos dias de hoje.

E muitos factores deteriorantes se mostram impunemente no dia a dia, vivemos hoje, de status, de aparências, sobre endividados, vivemos sobrevivendo num círculo viciante de miséria, tanto física como psicológica.

As falhas decorrentes da educação, serão reflectidas forçosamente na formação académica, na construção da vida pessoal e profissional destes jovens que, hoje, são inibidos da educação base, caindo no risco, da perpetuação da ignorância e da estupidificação das massas humanas, elevando o risco de regressarmos ou nos equipararmos aos nossos antecessores de há 2 milhões de anos (homo habilis ou australopithecus habilis), e necessitando, se existir tempo para, reaprendermos tudo quase do início.

A educação é a primeira formação que qualquer individuo recebe, normalmente dos seus pais, em casa, é a formação cívica ante a formação curricular, e como consequência, é o reflexo do próprio ambiente familiar, é em casa que se educa, a ser cordial, com o bom dia ou a boa tarde, com o desculpa, com o primeiro embate com a negação das coisas, é o primeiro contacto com a disciplina hierárquica, é também a apresentação aos “tribunais” sociais, ás penas (castigos), aos deveres familiares, aos hábitos e regras, decorrentes do seio familiar.

A educação não se rege por programas curriculares, evolui positiva ou negativamente, em simultâneo na mesma sociedade, não existe na educação, um fio conductor, um programa construído e comum, mas sim decorrente da educação prévia, e daquilo que essa mesma educação prévia (a recebida pelos pais), evoluindo positivamente ou negativamente, se transmite, se impõe.

Nem todos (por infortúnio da vida), recebem uma educação evoluída positivamente, que, faça transparecer os bons costumes, e que os enalteçam, que os transporte de geração em geração e que os eleve, há os que, regridem na civilidade da educação, que os torna mal-educados, incorrectos civilizadamente, desrespeitadores e incapazes na maioria das vezes de se comportarem como humanos racionais, tornando-se egocêntricos e indisciplinados, fechados cognitivamente, e quase primários, e isto acontece infelizmente.

Quando a educação falha na sua base, no seio familiar e primário da vivência, a escola pode, corrigir parte dessa insuficiência, mas não é destinada a providenciar essa base, na escola, coloca se em marcha, e em práctica, a educação base, são os “testes de esforço” de cada individuo, que reagirá consoante esteja bem ou mal preparado, ou seja, irá reflectir no dia-a-dia em sociedade aberta, o grau educacional que recebeu, durante a sua curta vivência, inserido quase por exclusivo no ambiente familiar.

Quando, se reflecte a necessidade, dessa lacuna ser preenchida em ambiente escolar, a probabilidade de êxito é diminuta, não podemos pedir aos institutos académicos, que o façam, pelo menos exigir-lhes um êxito absoluto, não têm como, perderam-se alguns anos, o carácter tende a moldar-se consoante as bases recebidas e observadas no ambiente familiar, tornando difícil, a qualquer instituição, de forma materna ou paterna, reconduzir e corrigir temperamentos e atitudes, e podem, contrariamente ao pretendido,  camuflar esses efeitos perigosamente.

Fruto dessa falta, hoje se reflecte nas comunidades escolares, e não raros são os casos de insubordinação, entre alunos, e entre alunos e professores. Bem como na sociedade aberta, é notória a ignorância, especialmente nas idades de pré-adolescência e adolescência, de salientar que nestas fases da vida, a propensão para estes jovens se mostrarem ao mundo é deveras elevada, pelo comportamento, pelas atitudes e até pelas ideologias adoptadas, constituindo se em uma fase de consolidação individual.

E os exemplos são mais que muitos, é nestas faixas etárias hoje, que encontramos os verdadeiros terroristas de amanhã, os verdadeiros estúpidos, é nesta faixa que verificamos movimentos que reivindicam a igualdade de género, estúpidos como são, carregados de uma ideologia própria de ilustres asnos analfabetos, defendem algo que não existe, é uma fábula invertida, uma doutrina imposta, para que sejam isso mesmo, estúpidos e ignorantes.

Se assim não o fossem, defenderiam somente a igualdade entre Humanos, os seus semelhantes, não os catalogavam de homossexuais, lésbicas, transgéneros e mais uma panóplia de títulos ou rotuladores, porque só existem dois géneros, masculino e feminino, o resto são modos de vida, são opções, que devem de ser respeitadas e resguardadas no seio intimo de cada um, merecem o mesmo respeito que qualquer semelhante, em qualquer modo de vida que adoptem, o ser humano adquire o direito á vida e todas as regalias e obrigações inerentes, pelo nascimento, não por ser homossexual.

O ser humano não pode nem deve ser discriminado (isto está bem patente na Constituição da República Portuguesa, na Carta dos Direitos Humanos), se estes inúteis e incapazes percebessem de letras, iriam facilmente depreender, que assegurado que está ao ser humano uma universalidade de direitos naturais, a religião, a apetência sexual, etc., são direitos universais da humanidade adquiridos.

Naturalmente existe discriminação, por infortúnio, que não devia de existir, mas isso só se resolve com a educação base, não com reivindicações ou propaganda, tal como se apregoa um qualquer producto mercantil, e naturalmente, com a aplicação de penas aos prevaricadores, porque discriminar é crime, e os crimes punem-se por lei, não por outdoors…

Também podemos hoje afirmar, que a sociedade educa, é um facto que se vem a consolidar, e os resultados estão bem á vista de todos.

Se assim não fosse, como explicaríamos esta falta de educação no mundo?

Assistimos ao aparecimento de uma anormalidade normal, especialmente em época de verdadeira crise, ou crises, já que são várias…

Constitui se hoje, a maior crise na humanidade, a verdadeira epidemia, que tornou a humanidade doente, a falta da educação, dos princípios basilares, do discernimento e da razão das coisas, não se educa, replicam se erros e metástases cancerígenas, desde tenra idade.

Se já percebeu que, educar não é formar academicamente, então o que é a formação académica?

Valter Marques


sexta-feira, 5 de agosto de 2022

O fracasso americano no pacifico

 O imperialismo bacoco e vil dos EUA, atingiu provavelmente um ponto de não retorno, o declínio económico e o consequente declínio militar, as derrotas consecutivas no Médio Oriente, a derrota mais que anunciada na Europa de Leste, podíamos dissertar sobre as causas que levaram uma potência mundial, em duas décadas cair por terra, e são muitas, mas realcemos algumas.

O músculo militar, esticado até há exaustão, desde da segunda invasão do Iraque, que o músculo militar americano (além das derrotas militares), contribuí largamente para o declínio económico, tomemos como exemplo, a campanha do Afeganistão, a guerra mais cara (económica e militarmente) travada até aos dias de hoje, que se redundou, na derrota, as guerras travadas no Médio Oriente sob as bandeiras do terrorismo, pelos EUA e sus muchachos, elevaram, de uma forma nunca vista, nem mesmo no esforço da II Guerra Mundial, os orçamentos dedicados ás causas militares, que em 2017, o PIB americano cedeu 611.200.000,00$, e em 2022 irá ceder 768.000.000,00$, comparativamente a China cedeu em 2017, 215.700.000,00$ do seu PIB, e em 2022, a mesma China irá aumentar essa parcela destinada ao músculo militar, em 7%, a China cedeu 209.000.000,00$ em 2022, se repararem de 2017 a 2021 a China desinvestiu no poderio militar, no entanto é hoje (04 de Agosto de 2022) a maior frota naval do mundo...

O expansionismo militar do império do sangue americano, é parte dos gastos elevados, cerca de 200 bases militares em torno do mundo, e isso consome enormes recursos financeiros (muitos dólares diariamente), só como exemplo, Ramstein, a base americana no sudoeste alemão, consome mensalmente cerca de 3.000.000,00$ (36.000.000,00$/ano), e falamos de contas por baixo, pelo que com mais 199 bases, ainda que de várias escalas e de vários graus de importância, os custos associados são gigantescos, e na realidade de nada servem.

A China não possui bases militares fora do seu território, o que elimina os custos associados com deslocamentos, material e efectivos.

O sector militar de desenvolvimento, é responsável também, pelo descalabro e tamanho do sorvedouro de notas verdes, bastará verificar o projecto dos F35, os aviões tidos como state of the art, 155 milhões de dólares, por uma sucata com asas, que partem ao meio em pleno voo, e que já mataram mais efectivos militares americanos parados, do que baixas provocaram em conflito.

No plano económico, um problema de difícil solução, as últimas décadas de desinvestimento na economia interna americana, com a fuga da industria de consumo para a China, a dependência energética da Rússia e do Médio Oriente, e os sucessivos embargos impostos na América Latina.

O grande "motor" económico dos EUA, tem sido a industria do armamento, que até a nível interno, já se começa a questionar, essa franja de mercado, não se questionando claro, o mercado externo e o cliente que representa as forças armadas americanas, naturalmente são grandes produtores de cereais, os segundos no ranking, estando a China no lugar cimeiro.

O poderio económico interno americano, é um castelo de cartas, com dois gatos como guardas, dotada de infraestruturas envelhecidas, programas sociais que não funcionam no seu espectro total, criou nestas ultimas décadas mais pobres que ricos, o sonho americano da casa na colina resplandecente, desapareceu.

A alavancagem económica que provém do sistema financeiro americano, alicerça-se na unipolaridade global, 2022 marca o início da divisão efectiva do mundo, e tudo indica, o fim do dólar como moeda de mercado, e a queda do dólar é hoje uma realidade, que, caso se confirme o fim do petrodólar no dia 22 de Agosto de 2022, conforme anunciado pela OPEP, a recessão na economia americana será o mal menor.

A América, necessita de uma guerra de escala, como de pão para a boca, só o escalar de um conflito de proporções globais, reporia a grandeza da América, económica e financeiramente, desde que o mesmo não fosse combatido dentro das fronteiras americanas, um conflito dentro do território americano, ditaria a completa obliteração do país, nasceriam das cinzas, não uma federação, mas um multitude de novos estados soberanos.

O conflito na Europa, a guerra proxy com a Rússia, de pouco serve, a Rússia está a cilindrar o proxy americano, e o investimento americano dotado ao proxy, é irrecuperável, pelo que, se tornou o conflito no Leste Europeu, para os americanos, um lose - lose game, e o pior de tudo, é que a cúpula do poder americano está perfeitamente consciente do facto, e com isso pretende minar, não só a economia interna, bem como a economia europeia, e nisso, o sucesso está garantido.

O problema no pacífico, nomeadamente a China e Taiwan, é antigo, e os próprios americanos, reconheceram na década de 70 Taiwan como província chinesa, simplesmente, Taiwan é uma província chinesa, esse é o entendimento dos EUA e do resto do mundo, ou 90% dele.

A visita de um alto dignitário, como a Pelosi, a Taiwan, sem o natural entendimento da China, é para todos os efeitos, uma violação da soberania chinesa, uma afronta na política externa entre os dois países, que simultaneamente são as duas maiores economias do mundo (1,º China; 2.ª EUA), e os dois maiores exércitos do Mundo (1.º China; 2.º EUA), não seria dotada de severa gravidade, caso o dignitário fosse, digamos um mero senador, mas acontece que Nancy Pelosi é a segunda linha na sucessão do presidente americano, além de presidente da câmara dos representantes.

Agora, a visita de Pelosi, é tudo menos casual, não se insere em um périplo pela Asia, um destino, que provoque reacções, que hostilize, a já de si frágil situação política e económica do destino visado, com isto os americanos, usando a sua ambiguidade em relação a Taiwan, ora apelando á One China Policy, ora relembrando que em caso de invasão de Taiwan, a américa se comprometeu em prestar auxilio ás ilhas formosas, exceptuando-se o caso de declaração de independência unilateral por Taiwan, em que esse auxílio não mais pode ser prestado.

É notória a armadilha político-militar que os EUA, montaram aos Chineses, com a visita de Pelosi, e dado os avisos emitidos pela China, os americanos esperavam um movimento militar chinês, que visa se o voo onde seguia a Pelosi, ou uma invasão de Taiwan, colocando deste modo, os EUA em guerra declarada com a China.

Duas lições, se retiram do assunto, a primeira é prova real da "paciência de chinês", a China, caso despoleta se militarmente qualquer acto, que visa-se Pelosi, além de uma guerra de proporções globais, desencadeava a aplicação da doutrina nuclear americana, era a "autorização expressa" dado ao governo americano para, táctica ou estrategicamente fazer uso do nuclear, e isso a China, soube de antemão evitar, de salientar que, é política nuclear americana o seu uso, em caso de compromisso da soberania, e a soberania não se cinge só ao território, mas também aos integrantes do governo em funções, tal como a doutrina nuclear Russa, e Pelosi é parte dessa soberania.

A China, optou pela demonstração de poder, a rapidez que movimentou a marinha, o exército e a força aérea, são sinais suficientes para mostrar ao mundo a prontidão em que se encontram (a vantagem de não colocar vadiagem em bases estrangeiras), além da capacidade balística, de artilharia e conjugação de esforços, a China hoje, demonstra (tal como a Rússia o têm feito) maturidade política e militar.

Taiwan, não representa nenhum entrave aos chineses, militarmente, um total de 160 mil de efectivos militares insulares, geograficamente indefensável, contra 2 mil milhões de efectivos chineses, uma centésima parte da maquinaria de guerra na ilha, comparativamente aos detidos pela China.

O conflito não deflagra, e aqui a segunda anotação, porque a maturidade chinesa é real, Taiwan é um enclave que a Oeste conta com as forças americanas, e a Este com as forças japoneses e sul coreanas, a acontecer um conflito, a China enfrentaria a possível derrota militar, cercada e com 3 frentes de combate, naturalmente que além da derrota da China, uma potência nuclear, seria a derrota do mundo também, como reagiriam os americanos, se a frota naval do pacifico fosse simplesmente afundada?, e os japoneses insulares, sob fogo de mísseis balísticos?

Muito provavelmente, uma guerra nuclear a eclodir no mundo, será aqui, e não na europa de leste, e esse é um facto perigosamente real, ou era, até há próxima provocação dos americanos.

No ocidente, clamava se a guerra, os culpados do costume como bad boys, e os vadios dos yankees, como os certinhos do morro, a imprensa clamava pela derrota política chinesa, um dragão de papel...

Pois, mas o dragão cospe fogo, é inteligente, e foi o maior vencedor do embate simulado, evitou um conflito, na realidade a China nunca afirmou a acção militar, sempre disse que iria repercutir duramente as acções, e está efectivamente a executa-las, não militarmente, mas e novamente it´s the economy, stupid, economicamente ajoelha Taiwan, os Yankees e os Japas, simples não???

A China, tal como a Rússia, são os únicos crescidos na sala, os restantes são meras crianças de fralda cheia, a berrar porque se cagaram todos...

Valter Marques



E agora ratos de laboratório?

 Aos poucos a fraude da Covid 19, vem sendo desmascarada, de uma patologia extremamente mortal, ao resumo do criminoso acto da vacinação, a ...