domingo, 26 de junho de 2022

A saga LGBT+

 Um movimento como este, LGBT abcd...+, que entretanto tem de adoptar o alfabeto cirílico, para poder crescer, é a pura prova da estupidez, da demência e da imbecilidade moderna, dificilmente o Ocidente irá descer mais baixo, mas só dificilmente, este Ocidente é bem capaz de surpreender até o diabo.

Faz parte da "revolução colorida" das massas analfabetas, não é novo, nem foi projectado ontem, tem um desígnio e um objectivo.

Cientificamente e in natura, o ser humano é binário, homem ou mulher, cromossoma XX ou cromossoma XY, não existe nada mais, pelo que é um assunto sem discussão possível, para qualquer humano decente e culto, mas nem todos os humanos são decentes e cultos, os iletrados e ignorantes, têm aqui matéria até há exaustão, sem matematicamente ou cientificamente passarem da conclusão in natura do assunto, é deixa los, assim andam entretidos até ao infinito.

O assunto foi transformado em um problema social, como outros deste género, Morgan Freeman, em uma entrevista a um reputado canal televisivo americano, sobre o racismo, respondeu claramente acerca do assunto, e citando "...o racismo só existe na boca de quem o difunde, se deixarem de difundir o racismo, passa a existir unicamente os velhos problemas entre espécie, pretos, brancos ou amarelos, irão para a eternidade se confrontarem..." 

E este movimento, é só mais um, inútil, sem sentido, palha pa boi dormir.

Se existe um problema social, que seja digno de um movimento milionário como este, não é seguramente o problema da definição de género, mas sim o flagelo social da pobreza, da exclusão social com base nas origens e nas posses, o problema da educação universal, o problema da terceira idade.

A homossexualidade é tão antiga quanto o Homem, na Roma antiga e na Grécia antiga, a homossexualidade era de forma comum aceite e practicada, como se não fosse suficiente para perceber, no Antigo Egipto, era também existente e aceite, pelo que só a "farsa teatral" é moderna, o conteúdo é antigo.

Partindo pelo princípio do respeito mútuo, é obrigação do Homem respeitar o seu semelhante, pelo princípio da igualdade inter pares, sem estigmas ou rótulos, a humanidade deve respeito ao ser e não ao rótulo, a questão do género é meramente do foro privado, individual e estricta ao indivíduo e á sua filosofia, compete a cada um e somente a cada um definir as suas orientações, sexuais, politicas, ideológicas e  neste sentido, um movimento que publicite um determinado assunto que deveria ser do foro privado, não deve nem pode merecer respeito ou simpatia, naturalmente, pode e deve existir movimentos de ideologias, restrictos aos seus integrantes, devem de livremente se exprimirem, mas sem o "marketing" associado a este movimento.

O que este movimento de idiotas e ignorantes, porque o são na realidade, faz, além de parecer saírem do manicómio, é marketing, vendem um produto, vendem se por nada na realidade.

E por nada, porque por natureza, a humanidade deve -lhes desde sempre o respeito inerente ao ser, que são, adquiriram por nascimento, os mesmos Direitos, Deveres e Obrigações, comuns a toda a humanidade, naturalmente no sentido natural dos 3 pontos, aceita se e deve se apoiar, o eliminar de algumas diferenças, não todas, algumas que por infortúnio dos tempos, ainda não tenham sido quebradas.

Considero que, o direito ao matrimonio deve ser livre, no entanto, o direito a constituir família, não, a constituição de família é um acto natural, e naturalmente, que o mesmo sexo em conjunto não se reproduz, e não se compram elementos para se constituir família, ou não se devia.

Por Lei, a ideologia é proibida nos círculos académicos, e este movimento é ideológico, um agregado de idiotas cheios de ideias, e é por força legal, proibida a sua disseminação nos currículos escolares, mas assim não acontece, e como tal merecem zero respeito, zero simpatia.

Esta imposição de género moderna, profícua e miserável, é parte da estupidificação a quem a sociedade se sujeita, impávida e serena, aplaude e até se espumam, quando contrariados, mas esta sociedade doente, porque está doente, demente e estupidificada, é incapaz de se movimentar na defesa dos direitos dos sem abrigo, dos pobres, dos idosos, da corrupção, é a mesma que, por um transgénero (seja lá o que isso for) sangra e luta, mas atraiçoa o seu semelhante na primeira oportunidade, que olha com desdém para os infortunados, e condena as ideologias diferentes das suas.

Não existe nenhum "género", existem seres humanos diferentes, com particularidades, com gostos e opções, que a eles mesmo diz respeito, mas todos eles sem excepção, são dignos de respeito, por igual.

O problema não são as diferenças, ou as pessoas diferentes, esse não é o problema, o problema é a incapacidade de respeitar, de salvaguardar respeito pelo foro privado individual, esse é o problema, o movimento existe com o único propósito, de marcar e diferenciar, não para obter respeito (a aceitação das diferenças não deveria nunca ser discutidas, são aceites simplesmente), mas sim para causar fracturas na sociedade, para impelir a diferenciação e naturalmente criar problemas, que já e sempre existiram, mas sem o rótulo, e o rótulo hoje é tudo...

Valter Marques



 


A piada da democracia europeia

 2020 marca o início da hecatombe do terrorismo da UE, ou marcará o início do totalitarismo dos talibans que governam as elites da UE.

Daqui a muitos anos, arqueólogos, irão se perguntar, que raça de atrasados mentais povoaram a europa, no final do séc. XX e início do séc. XXI, e não irá ser um trabalho fácil....

Desde tempos remotos que a Europa, luta incessantemente pela hegemonia de poderes, de afirmações de supremacia, e vive embrenhada em jogos de interesses e enganos, do Sacro Império Romano, até aos dias de hoje, a Europa viveu quase sistematicamente envolvida em guerras, em conflitos políticos, em jogos de fortuna ou azar.

A europa de hoje, aquela em que vivemos, abandonou os valores morais que se constituíam as letras régias, que guiaram a construcção da civilização ocidental, e desde o final da II guerra mundial, adoptou a "via mais fácil", a via do totalitarismo, da ideologia e da doutrina única, hoje, a Europa em uníssono quase total, condena países e regimes, que considera não democráticos, como se a única democracia fosse a europeia...

Os indígenas europeus, dementes e doutrinados como são, nem sabem a forma nem significado de Democracia, aliás, a última vez que na europa se conduziu um estudo acerca da democracia, definições e significados, todos falharam o alvo, as definições e significados dados pelos dementes europeus, foram tão vastas, tão díspares, que a conclusão do assunto foi fácil, a democracia é um estado de filosofia de vida, que a cada um pertence, e ninguém a tem como igual, nem por certa, não existe uma democracia, mas tantas quantas o pensamento humano, no entanto, a melhor expressão que se retira, é a de que, nem na mesma casa a democracia é definida de forma igual.

Pelo que a doutrina dos estados "democráticos" numa europa tão vasta, é utopia, e isso é lactente na forma de "governance" da própria instituição europeia, que é tudo menos democrática, assenta em bases de escolha privada, não sofre sufrágio, funciona pelo método imperialista, de sucessão das "cortes" e de nomeações, onde a sociedade civil em quase nada opina, esta é uma forma de democracia, que, entre muitas outras, se podem assim denominar.

Esta forma de democracia, retirou aos estados independência e soberania, (lembram se quantos lusitanos morreram para ser independentes e soberanos???), no caso de Portugal, apagam se quase um século de história, coisa pouca, sem importância....

Esta democracia, aplaudida e defendida pelos indígenas burrificados, é a mesma que os empobrece diariamente, que os doutrina dia após dia, que lhes retirou os direitos consagrados, que custaram outrora sangue, suor e lágrimas, e o mesmo acontece na generalidade dos estados da união terrorista da europa.

A média da dívida externa na zona euro ronda os 75pp do PIB global, ou seja, em um milhão do PIB, 750 mil são propriedade de credores, não obstante ao facto, planeia se incrementar essa mesma divida externa, não só em Portugal, mas em toda a zona euro, dobrando o investimento no segmento militar, de 1% do PIB para 2% do PIB, em números grossos significa passar de 122.696,83M€, para 245.393,66M€, em um só sector de "actividade", caberá a Portugal cerca de 4.225,56M€ em 2023.

De fora ficaram, as rubricas do Estado Social, da Saúde, da Educação, depois de uma "fraude" de dois anos, em que se dinamitou as economias, com os bloqueios das cadeias de distribuição, com a redução da producção, e com os altos custos com o estado social, com as baixas, os lay-off, os despedimentos, é insensato de todo, este "investimento", durante 2022, a economia irá abrandar, os altos custos energéticos, o aumento das taxas de referência, a inflação descontrolada, irão conduzir a europa á indigência, á pedincha, e ao consequente aumento da dívida externa, isto se, claro, existirem credores que se disponham a emprestar, ou se os mesmos ainda possuírem o poder da impressão de nota sobre nada, o mundo caminha para a multipolaridade, pelo menos o mundo oriental, e os conceitos de economia interna e externa, são completamente diferentes da Ocidental.

A UE, pode gabar se de possuir um PIB no conjunto enorme, em relação a economias orientais, mas a UE não produz nada transacionável, e o pouco que produz é insuficiente para o consumo interno, ao contrário das homologas orientais, e prova do facto é o conflito russo-ucraniano, negando-se a UE a comprar os bens transacionáveis russos, fica com um cesto básico da economia extremamente caro, além de ir ficar vazio, sem reposição de produtos.

A nível energético, a UE irá dar vários passos atrás, usando novamente o carvão, pelo menos até os stocks terminarem, porque o grosso do carvão que a europa usa, é russo, nos combustíveis fosseis, a procura nos mercados até agora bloqueados, vai encarecer (mais ainda) o produto final, têm de ser ultrapassadas as barreiras de transporte, o que requer investimentos avultados, quer no transporte de crude, quer de LNG.

Em suma, a UE está nua, falida e falhada, sobrevive por conta dos crentes dessa religião, é uma região administrada por uma nação á beira do colapso, os EUA.

A sobrevivência da UE, depende dela mesmo, mas ela mesmo é incapaz de o fazer, politicamente era um desastre, a seita de religiosos iria fumegar, entrar em desespero, e provavelmente iria desencadear conflitos civis, revoltas e provavelmente disputas territoriais, um regresso á europa pré Vestefália.

O projecto UE falhou no dia em que decide mudar de rumo, no dia em que decidiu passar de um projecto federalista, para um projecto imperialista, e os crentes aborregados da massa civil europeia, em nada foram chamados a deliberar, linda esta democracia não???

A democracia nasceu na Grécia antiga, e contrariamente ao esperado, era dirigida unicamente a cidadãos elegíveis, nem todos (não mesmo) os gregos tinham esse direito, só um bom punhado deles, foi preciso a europa passar pela revolução francesa e o Iluminismo, e terminando, se assim se pode dizer em 1893 com o movimento feminista na Nova Zelândia, data em que pela primeira vez uma mulher (as mulheres) puderam votar, e ainda demoraram mais uns bons anos até ser geralmente aceite em grande parte do mundo moderno.

Existe 3 tipos de democracia no mundo, a participativa, a representativa e a directa, na UE encontramos as três variantes, mas a mais usada é a representativa, e pelo que podemos observar, todas falham propositadamente no seu objectivo único, a construcção e bem estar da sociedade, e fazem no deliberadamente sobre os auspícios e demandas corporativas.

A sociedade europeia é um falhanço da natureza, um defeito bruto, e como tal, não pode exigir aos seus representantes o seu bem estar, não tem essa capacidade, nem a irá adquirir temprano.

Existiu um período na Idade Média, que se catalogou, como a Idade das Trevas, a fome, as pestes, os conflitos medievais, o próprio clima (mini idade do gelo), trouxeram á europa, a desgraça, a violência e a morte, não podemos ser estúpidos e ignorantes ao ponto, de não conhecer a nossa própria história, pois essa ignorância, é bem capaz de permitir a repetição da história, e nenhuma democracia é empregue em uma catástrofe desta escala.


Valter Marques




domingo, 19 de junho de 2022

A tríade do final de ano

 Já ultrapassamos a primeira quinzena de Junho de 2022, nos estados terroristas da União Europeia e dos EUA, depois do assalto á economia, á saúde, aos Direitos individuais e colectivos, dos últimos dois anos, esta congregação de talibans ocidentais, em 2022, decidem formar uma tríade de destruição, que pode ser maciça, e pode mudar tudo desde a linha do Equador para norte, finalizando no Pólo Norte geográfico.

A guerra na Ucrânia, começou um pouco antes de 2014, e agravou se com, o na altura presidente da Ucrânia,  Poroshenko, com a decisão de rasgar o acordo de neutralidade assumida perante a URSS, aquando da desnuclearização ucraniana.

Em 2021, Zelenski, o presidente comediante ucraniano, em um discurso público, reafirmou a vontade de se juntar aos terroristas da NATO, proibiu a língua e a cultura Russa em território Ucraniano, e rasgando os Acordos de Minsk, que dariam há região do Donbass, autonomia administrativa, sendo no entanto expresso nos mesmos acordos, que a região separatista era território da Ucrânia, os acordos de Minsk não contemplavam a soberania desses territórios, a independência era administrativa.

Já neste século, o Ocidente adoptou uma carta régia, uma lei do senado norte-americano, que contemplava uma única China, e não duas Chinas, pondo ponto final nas aspirações de Taiwan a uma soberania, todo o Ocidente, aceitou com essa premissa, que Taiwan era (como sempre foi) uma província da China, a qual a China tinha firmado um acordo de independência administrativa.

Em 2022, esta tríade de poderes (Rússia-China-Ocidente), atinge o ponto de não retorno, na política, na economia e nos assuntos militares, 2022 vai marcar a ferro e fogo decididamente a ruptura dos poderes do globo.

A nível politico, nunca estiveram tão afastados Rússia e Ocidente, como hoje, e a China, com aspirações de controlo geopolítico no Pacífico, naturalmente fortaleceu as relações com a Rússia, já vinha a fazê-lo, com a nova "silky road", o novo acordo económico de 04 de fevereiro de 2022, com os acordos militares (partilham a mesma doutrina tactico-militar, desenvolvem em conjunto os Sukhoi, os misseis hipersónicos, e o arsenal nuclear), tornando esta tríade em um desequilíbrio de forças, que até 2021 estava equilibrada o suficiente, para nenhum lado se sobrepor em demasia, isso terminou.

A nível económico, o Ocidente fragilizado pela estupidez e ignorância que lhe é comum, com a fraude "Covid 19" durante dois anos, desindustrializado por décadas de especulação financeira, com dívidas externas colossais, depende em todos os espectros de bens transacionáveis, decide impor sanções económicas e politicas aos russos, e este é o pináculo da demência ocidental, cortar relações com os tipos que alimentaram, aqueceram e ponham as carroças em movimento da Europa, como se não fosse mau o suficiente deixar os russos se unirem aos chineses, os dementes europeus, encarregaram se de os levar ao colo.

A cereja no topo do bolo, vem com os assuntos militares, aqui não se trata só de demência, mas junta se também outra patologia,  a esquizofrenia ocidental, um doente demente e esquizofrénico é simplesmente um caso perdido, se retirar-mos a Rússia da plataforma continental europeia, e considerarmos as potências militares do restante território, a Turquia possuí o maior exército da Europa (segundo da NATO), agora, a Turquia, é a "acompanhante de luxo" do mundo, e vai (já o faz) pender para o mais forte, depressa se esquece da Europa e da NATO.

A Ucrânia era o segundo maior exército da Europa, e o mais bem equipado e treinado, usufruiu da ajuda da NATO durante oito anos, ainda que não fosse ( nunca lá chegará...) membro da NATO, era uma espécie de clone, que a NATO e o Ocidente esperavam derrotar Moscovo, actualmente morrem/ficam fora de combate 10.000 soldados ucranianos bem treinados, bem equipados a cada 15 dias frente aos russos, tantos quanto o Reino Unido se comprometeu a treinar e formar em 120 dias...

A demência ocidental, encontra se de tal maneira demente e esquizofrénica, que a partir de julho,a Europa esgota o arsenal bélico, tudo para o prazer dos russos verem destruído, a Ucrânia possuía em 24 de fevereiro de 2022, o equivalente ao stock de artilharia do exército Norte Americano, da França, da Alemanha e do Reino Unido juntos, tudo isso se resumia a destroços e sucata no final de Maio....

A outra ponta desta Tríade, a China, a grande vencedora no plano político e económico, que possuí o maior exército do mundo, irá até ao final do ano, tomar Taiwan pela força, se as hostilidades ocidentais se assim se mantiverem e atingir o objectivo da supremacia no Pacifico.

Desde o dia 24 de fevereiro que afirmo que a Rússia ganha em todas as frentes, política, económica e militar, no entanto esperava que no final ainda existisse Ucrânia, mas tal não vai acontecer, a Ucrânia passará a existir nos livros de história, a União de Terroristas Europeia, ou UE, será o novo terceiro mundo, falido, demente e crente em um qualquer deus que a salve, dada a incapacidade da sociedade europeia de pensar, algo que deveria ser nato.

Os "yankees", com a repetição em dobro de 1930, conflitos políticos internos e desacatos civis, o que no país com mais armas por agregado familiar, podemos ter uma grave crise civil, humanista e sectária.

Os chineses podem ser o foco de 2023, e disso ainda é cedo para falar, mas se Taiwan for um passeio no parque, abre portas a outro conflito histórico, o Japão.

Valter Marques




segunda-feira, 13 de junho de 2022

O efeito Vestfália

 Todos os grandes problemas do mundo, têm nascido pelas mãos dos ocidentais.

E este facto, deve se exclusivamente á insanidade das massas ocidentais, da prepotência de seres evoluídos, inteligentes e únicos, mas não são, não são mesmo.

E esta insanidade sob falsas qualidades auto imputadas, tornou se comum no ocidente, e este "estágio" de pressupostos não visíveis, conduzem ao abismo da humanidade ocidental, a humanidade não termina, não, os ocidentais é que podem ser os novos Maias.

Existe um (existem vários) episodio que considero especial, no mundo ocidental, a paz de Vestfália e os seus três tratados, como forma de terminar a Guerra dos Trinta Anos, as diversas potências europeias, acordaram, em três manuscritos, aquilo que ficou conhecido como a Paz de Vestfália, uma intrínseca doutrina de soberania, independência e  liberdade, os manuscritos ainda que vagos, para a modernidade actual, eram o preâmbulo da "ordem mundial", e neles mesmos se encontraram diversos eruditos das "leis", um dos quais, o "pai" da lei internacional, com o seu contributo para a modernidade,  com a "Mare Liberum", entre muitas outras obras suas.

A Paz de Vestfália foi o início, das guerras e intrigas politicas, pode se afirmar que esse evento, fez nascer o conceito de politica externa, e como Clausewitz afirma no seu trabalho "Na Guerra", as guerras são a continuação das politicas por outros meios.

A Europa passou a viver sob uma paz de alianças voláteis e de interesses vastos, deixou de ser o Império Sacro Romano, para ser uma amálgama de Estados, do Cristianismo obrigatório, para a mescla dos estados cristãos e protestantes,

A Paz de Vestfália, trouxe um pequeno pormenor, é nos pormenores que reside o diabo, o Império Sacro Romano, detinha pelo Cristianismo, as artes educativas, e sendo o Império uno e indivisível, sob o manto do Direito Canónico, a formação académica era una e indivisível também, a acção de educar academicamente, pertencia ao clero, era exclusiva e não se destinava a toda a população.

Ainda que a população se encontra se analfabeta, era educada sobre os valores cristãos, na forma práctica, mesmo desconhecendo as letras, as ciências e as artes, a filosofia de vida em sociedade era amplamente conhecida, qualquer analfabeto moderno, vive em sociedade de forma natural, desde que tenha valores.

A Paz de Vestfália, alterou radicalmente, não só a geopolítica, mas como a ordem da humanidade, e é sob esse paradigma, que a sociedade ocidental vive actualmente.

A introdução de politicas, internas e externas, baseadas em alianças voláteis, baseadas na "muttual trust" entre políticos (como o cardeal Richelieu), em detrimento dos valores morais e sacros, abriu portas a uma educação académica "per petitionem", e na alçada dos Estados, não que isto seja nefasto ou errado, não o é, a educação sob a alçado dos Estados, permitiu a abertura da educação curricular á generalidade da população, e isso foi uma vitória, a derrota surge da educação para o desígnio estatal e político.

E ao longo de quase 5 séculos, a educação ocidental tornou se miserável, condicionada e ideológica, se recuarmos 5 séculos, os analfabetos erigiram pontes, estradas, aquedutos, volvidos 5 séculos doutores e engenheiros destroem países.

Mas Vestfália não trouxe paz ao centro europeu, nem ao oeste, nem ao novo mundo (EUA), os conflitos bélicos persistiram, mas como fruto das politicas externas, e não pela sobrevivência de enclaves étnicos, reinos e tribos, mas sim por conflitos internos, se antes de Vestfália o maior perigo ao Império era o Império Otomano, depois de Vestfália, além dos Otomanos, as próprias nações internas, se confrontavam entre politicas de alianças voláteis e guerras fronteiriças.

Da Paz de Vestfália, resultou o Império Britânico (regente na actualidade), o Império Germânico, Austro-Húngaro, Polaco, e demais que, durante séculos mudaram a geografia e a politica da Europa, desembocando no actual Império da União Europeia.

A Europa pós Vestfália continua a ser um problema de resolução contínua, mas sem solução capaz, o imperialismo que o evento trouxe, continua a marcar com sangue a vivência dos povos, não só na Europa, como no mundo, a Europa é o problema do mundo, e os problemas do mundo os que a Europa produz.

A Europa, como mundo ocidental, é um fracasso, negligente e bárbaro, tão bárbaro como os demais, que o Ocidente considera inferiores.

O mundo vivia bem sem os ocidentais, mas os ocidentais não vivem sem o mundo.

Valter Marques



sábado, 11 de junho de 2022

Qual o conceito de Paz?

O conceito de paz, é vago, pode ser individual, a paz do individuo, ou conceito colectivo, como a paz entre nações.

Mas o que é no sentido lato, a semântica de Paz?

A paz reveste se de tantas formas quantas as necessárias, não possui o mesmo sentido para todos, não se aplica em uma doutrina rígida, e invariavelmente depende da alienação ou a não alienação dos pressupostos individuais no individuo ou nos pressupostos colectivos do colectivo.

A paz é abstracta, materialmente a paz de um pode ser a guerra de outro, daí se referir muitas vezes a "paz duradoura" ao tempo decorrido entre guerras, por exemplo, por isso a paz, pode ser uma constante da vida, mas será uma constante intermitente.

Nenhum estágio de paz se alcança, sem um percursor da mesma, sem um estado que a provoque, sem que seja necessário alcançar a paz.

No espectro colectivo, é justo dizer que nenhuma nação, existe, sem essa intermitência, pode se sim afirmar, que umas menos intermitentes que outras, mas todas as nações vivem constantemente sobre uma "paz duradoura" de longa ou curta duração, e as acções que terminam esses períodos, não são exclusivamente bélicas, podem ser acontecimentos naturais, políticos ou sociais.

No espectro individual, a paz no e do individuo, é diferente, é uma quase inexistência nos primeiros anos de vida, e não depende na sua larga maioria de nenhum evento bélico, politico ou social.

A paz do individuo é espiritual, não depende de nenhum armistício, de eleições ou movimentos societários.

Na negociação da paz colectiva, com vista há sua obtenção, as partes têm necessariamente de chegar a acordo, ou termos, sem a formalização desse acordo, não há paz, na guerra, na politica na vida da sociedade, todos os conflitos terminam com os termos aceites, ou de forma radical, com a completa obliteração de uma das partes, aí nem paz nem acordo, só a supremacia.

No individuo, a paz pode ser unilateral, não necessita de qualquer acordo ou termos, a mesma é espiritual, pertence ao intelecto, e a mesma é alcançada por desígnio e não por acordo.

No entanto a paz no individuo é substancial á demanda do próprio individuo, e este é o problema do individuo, a demanda.

A demanda do individuo é eterna, pelo menos até que a morte a interrompa, então como o individuo atinge a paz, sendo a sua própria demanda consistentemente volátil?

Vivendo as consequências dos seus actos, compreendendo que todas as escolhas (actos) fazem parte do caminho da demanda, e a demanda é a vida, com todos os "extras" inerentes.

Se o individuo viver as consequências dos seus actos, através ou subjugado, ao exterior de si (a terceiros), nunca irá atingir paz alguma, é um ser alienado de si mesmo, um não ser, uma marioneta servil, irá com certeza viver uma paz que não é a sua.

Em um individuo alienado de si mesmo, a paz que vive é ilusória, e o primeiro indicio do problema é a sua demanda, que não é sua, mas sim de outrem, logo as consequências dos actos que daí advêm, são imposições, e não naturais, livres e conscientes como seria de esperar, um ser alienado de si mesmo, é incapaz de tomar a responsabilidade das suas acções, e ao não o conseguir fazer, vive numa paz ilusória, a paz ilusória no individuo é uma morte lenta, febril e um severo castigo pela sua recusa de ser ele próprio.

Não significa "castigo" a ausência de paz?

O conceito de paz é ambíguo, disforme e localizado, pressupõe um estado ante pacifico e uma necessidade de paz, decorrente desse estado.

A paz, toda a paz só é possível, primeiro pela aceitação livre e consciente dos actos cometidos, e segundo pela paz que as consequências acarretam.

Valter Marques



sexta-feira, 3 de junho de 2022

Inflação, deflação e estagnação

A inflação é a evolução natural da economia, sem inflação, em nenhuma economia se poderia justificar o aumento dos rendimentos, especialmente os provenientes do trabalho.

Keynes denominava a inflação em dois modos distintos, a inflação natural, a que resulta da evolução da economia, dos preços e dos rendimentos, e a inflação forçada ou anormal, a que resulta das imprevisíveis consequências dos mercados externos e internos, das politicas económicas e das catástrofes naturais ou humanas.

A deflação, é o resultado da inflação natural ou inflação forçada versus os rendimentos, e torna se deflacionaria a inflação se o resultado dos rendimentos (a sua subida) for superior á da inflação, o rendimento disponível na sociedade, se sofrer um aumento superior ao da inflação, provoca de forma natural, a deflação do custo de vida, por conseguinte, com um rendimento disponível superior ao aumento inflacionário, a sociedade adquire, com um menor custo (menor impacto no rendimento) o mesmo que adquiria anteriormente.

Agora o problema moderno, a estagflação, este fenómeno dá-se a conhecer no período de 1930 e o descalabro económico que os EUA se viram inseridos, com a quebra (crash) das bolsas, e a dependência do mercado especulativo financeiro que vivia, os americanos provaram que viver sob especulação financeira, em detrimento de viver sob a batuta dos bens transacionáveis é mortífero. 

A estagflação é o fenómeno económico, onde se verifica uma quase completa incapacidade de produção e e industrialização de bens de consumo, quer alimentares, quer industria pesada e ligeira, a lei de mercado, por natureza, regula os preços, se a oferta suplanta a procura, os preços dos produtos tendem a baixar, se a procura é superior há oferta, tendencionalmente os preços dos produtos sobem,

Agora, o problema da estagflação, ou do seu aparecimento na vida, é bastante simples de observar, e até de prever, quando a procura existe mas não existe produto, ou existe em raras ocasiões, o seu preço dispara, não é preocupante se afectar um producto ou até um conjunto de productos, mesmo incluindo alguns deles, como bens essenciais, mas o que a estagflação diz e reflete na sociedade, é a completa incapacidade de produção e industrialização, de bens transacionáveis.

Mas não só, a estagflação entra em cena também, quando os stocks de produtos necessários para a manufactura industrial se esgota, impossibilitando a producção, quando o sector primário da economia, é manifestamente insuficiente, para suprimir o consumo interno, e não existe a real possibilidade de ser adquirida externamente.

A estagflação é sinónimo da não existência de economia, não existe economia, o país ou o estado chegou ao ponto de ruptura, a inflação deixa de ter qualquer influência na vida da sociedade, simplesmente porque, não existem bens disponíveis, fomenta o aumento brutal do desemprego e a consequente redução brutal dos rendimentos disponíveis, tornando a inflação, ainda que brutal, inócua e irrelevante na sociedade, mesmo com rendimento disponível e suficiente para sobreviver, não existem bens de consumo em suficiência, tornando o dinheiro um bem superficial, sem valor.

A economia ocidental assenta na miscelânea económica de bens transacionáveis e bens não transacionáveis, e tanto EUA e a Europa caminham a passos largos para uma nova estagnação, desindustrializaram-se, desinvestiram nos sectores primários, especialmente a Europa, com as novas politicas que se basearam na confiança inter pares, passaram de economias baseadas na produção e industrialização, para ávidos consumidores externos, sem politicas capazes de garantir a sustentabilidade interna.

A dependência de um cidadão de um terceiro para sobreviver, termina a sobrevivência do cidadão quando o terceiro não puder satisfazer as necessidades do cidadão, esse mesmo cidadão dependente vê assim a sua sobrevivência terminada, é simples.

Por conseguinte, a inflação, nas suas diversas fases e formas, depende primeiro, da economia interna e das politicas internas, e depois das politicas externas, a inflação é uma constante da vida económica de um país, é (pode) ser simplesmente natural, a evolução da economia e do mercado, e existem uma miríade de ferramentas e formas de controlar, aumentar ou deflacionar a inflação, desde que a soberania interna esteja assegurada, um país que dependa de politicas externas, como Portugal e a relação com a UE, não têm possibilidade de uma forma interna, se regular e corrigir o fenómeno, e as medidas impostas, podem ser nefastas, difíceis e até desnecessárias, porque, a visão é larga, imperialista, e não interna e nacionalista.

 

Valter Marques

  

E agora ratos de laboratório?

 Aos poucos a fraude da Covid 19, vem sendo desmascarada, de uma patologia extremamente mortal, ao resumo do criminoso acto da vacinação, a ...