domingo, 31 de julho de 2022

Os Inúteis (Os miseráveis de Victor Hugo 1862)

 Victor Hugo publicou em 1862, um obra literária, que expunha a pobreza em França no séc.XIX, é também onde o autor expõe a sua linha de pensamento filosófico da politica do período retratado.

Retrata a obra, o conflito entre Estado e Sociedade, através das relações tumultuosas das autoridades e dos revolucionários sedentes de justiça, mas nem tudo na obra, é pejorativo, através do seu cunho literário, Victor Hugo, insere na obra, a forma de combater a desigualdade social e a miséria na sociedade e no individuo, características na época, através da vantagem do trabalho, individualmente o beneficio do trabalho, contribuiria para o beneficio colectivo.

A obra é "Os Miseráveis"

Se Victor Hugo, se reerguesse da tumba hoje, escreveria uma nova obra, a dos tempos correntes, e o título "Os miseráveis vol. II", até faria sentido, efectivamente existe miséria, pobreza, indigência na sociedade moderna, tal como a repressão do estado e demais braços de segurança e autoridade, mas a miséria do Séc. XXI é diametralmente oposta á miséria francesa do Séc. XIX.

A obra moderna teria naturalmente "miséria", mas não a miséria retratada na obra antecessora, a miséria do Séc. XXI, é a miséria e a pobreza intelectual, cognitiva e de valores, no individuo e por conseguinte na sociedade, vive-se no Séc. XXI, a era dos ricos, dos status sociais e da exuberância fútil, a pobreza económica ficou, grosso modo, no Séc. XIX, a existente hoje, é residual, insignificante, bastará percorrer as redes sociais, os parques automóveis, e com a ajuda da econometria, aferir a economia comportamental do dia a dia de hoje.

Também a repressão do estado e seus compinchas armados, é de forma concisa, diferente da repressão, ou melhor dizendo, da repressão aplicada pelo estado francês e suas concubinas armadas no Séc. XIX, a maior diferença é o novo aliado do bando do poder, a comunicação social e meia dúzia de muchachos, que de um momento para o outro, passaram de inúteis a cabeças de vaca com alguma utilidade, o bando moderno do poder, adquiriu profundidade estratégica, com a inserção no contingente criminal, da comunicação social e os parasitas que dela se alimentam.

O enredo desta nova obra, desenrolar-se-ia, em torno da realidade imposta, pelo bando do poder e os seus lacaios, e a realidade natural, que os revolucionários sedentos de justiça, contraponham.

A sociedade retratada na obra, seria naturalmente, um sociedade maioritariamente de inúteis, de analfabetos letrados e de indigentes, sanguessugas da sociedade num todo, porquanto a obra antecessora retratava a vida miserável, de Jean, a nova obra retrataria os Zés Ninguéns que compõem a sociedade de hoje, e são aos milhões.

Os revolucionários modernos, como negacionistas, pro-putinistas, antidemocratas, aqueles que, de forma critica e fundamentada, contrapõem a ideologia ditatorial imposta pelo bando do poder.

Se em França no Séc. XIX, a pobreza e a miséria era o alvo a abater pelo regime politico, não menos verdade é hoje, que negacionistas, pro-putinistas e antidemocratas do método ocidental o são também alvos a abater pelo bando no poder, e fazem no  diariamente, na comunicação social, nos postos de trabalho, nos serviços públicos.

O título desta nova obra seria "Os inúteis" de Victor Hugo, lançada em 2022, onde as figuras de proa, os protagonistas, não serão Jean e a sua "família", mas sim uma maioria da sociedade, os mesmos inúteis, que, como gado, acatam as ordens do pastor, o problema do gado de pastoreio e do pastor é o tempo necessário de vida do gado, nem mais nem menos tempo, é para abater, algo que o gado não sabe.

Ainda que na obra antecessora, se retrata se a luta por uma sociedade tolerante, justa em termos sociais, e a liberdade individual, na nova obra, retratar se á a luta pela ignorância, pela ditadura de expressão, pela repressão social, isto e mais a luta fervorosa que as mentes inutilizadas e dementes, encetaram pelo descalabro económico, pelo continuo crescimento das dívidas externas, pela entrega de mão beijada das soberanias, marca também na história, a reversão dos valores adquiridos por toda a europa das revoluções que, se constituíram em marcos da liberdade, da autonomia e do livre arbítrio.

A nova obra define também, em Portugal especialmente, o completo desprezo pela Constituição, pela sociedade, e o completo desprezo do poder politico e judicial da mesma sociedade, mas, em abono da verdade, a sociedade de hoje, analfabeta, inútil e miserável, passou estas últimas décadas a exigir ser tratada como se comportam, um bando de delinquentes ranhosos, sujos e estupidos.

Valter Marques



 

  

 



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